quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A esperança torna-se vaga;
E vai sendo consumida pela batalha dos anos vazios
A vida passa como se fosse eternidade…
Ano sobre ano e tudo é estanque!

A raça humana tem dois extremos:
Nascer perfeito,
Ou nem sequer imaginar nascer!
Olhando de um casulo a que apelidamos de: quem nos ama,
Ser gasto pelo tempo incorruptível
E enquanto cuida de nós
Rasga no rosto um sorriso vago,
Enquanto nos olhos se cai a esperança.
A vaga esperança depositada
No gesto que demora em chegar…

Olhos nos olhos e lê-se o desespero sair!
Olhos nos olhos e lê-se o medo penetrar!
O sorriso perdura estampado,
Como um candeeiro que nunca apaga
Num universo longínquo e escuro...O obrigado não sai e as palavras ressoam na cabeça:“Os médicos dizem que um dia irás falar…”Anseia-se a chegada dos dias seguintes;Pois a memórias começa a falhar,E esqueces que as batalhas são diárias;
Tic-tac, tic-tac…


E relógio passa os segundos com sabor a anos.
Tic-tac, tic-tac…Cai a esperança com a mente.
Tic-tac, tic-tac…E no dia de falar diz-se: Obrigado!
Tic-tac, tic-tac…E o dia de morrer
Passa mais breve que a vida;
De quem vendo o relógio andar, sofreu parado…


Tic-tac, tic-tac, tic-tac…tic-tac!

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